Zé do Caixão : no fim dos anos 70, José Mojica Martins, sofria com problemas financeiros. Tinha conseguido viajar para a Espanha, onde participou do Festival de Cinema Fantástico de Sitges, mas, ao voltar para o Brasil, encontrou boletos chegando e poucas oportunidades de trabalho. O dinheiro continuava curto. Mojica fechou seu estúdio na Moóca e do Brás, em troca de revistas velhas que depois eram vendidas para bancas de jornais. Um momento de alívio para Zé do Caixão aconteceu em 1977, quando o cineasta Ivan Cardoso conseguiu por intermédio do maestro Julio Medaglia, fazer um documentário sobre o amigo em parceria com a TV Cultura. O universo do Zé do Caixão ficou pronto em 1978 e foi até exibido em uma mostra de cinema de terror paralela ao Festival de Brasília. O filme do Ivan sobre o Zé do Caixão foi feito com uma equipe reduzida, quase sem custos e com som direto providenciado pela Cultura. Logo depois, Ivan bateu um papo com os produtores Guti e Sergio Carvalho e aumentou o filme, com a ajuda deles, de 16 mm para 35 mm. O Universo do Zé do Caixão mal tinha um roteiro de verdade, mas foi premiado no Festival de Brasília como "melhor roteiro". E ainda foi para o mesmo festival da Espanha para onde Zé do Caixão também foi. A novidade é que jogaram o filme no YouTube. E o grande personagem do curta do Ivan Cardoso não é Zé do Caixão, mas sim, o próprio Mojica falando sobre sua vida e seus métodos de trabalho. E soltando declarações lapidares, como "a loucura é o que temos de melhor dentro de nós". Ou "o importante é fazer alguma coisa, mostrar alguma coisa. O importante gente, é aparecer e não desaparecer. Quem não aparece, praticamente, o final é um só: desaparecer". Como trilha sonora que incluí músicas como Deixa de banca (Reginaldo Rossi), e Quero que tudo vá pro inferno (Roberto Carlos), o filme realizado em quatro dias, abre com a mãe do Zé do Caixão falando que o filho sempre foi obediente e prendado, e que José Mojica não é Zé do Caixão. Ivan Cardoso detalhou a produção do filme em seu perfil publicado na série de livros "Aplauso". Segundo ele, Zé estava totalmente marginalizado, mas ainda estava produzindo bastante coisa na Boca do Lixo, em 1979, segundo a biografia do Barcinski e Finotti, nem lá conseguiria produzir. Segundo Ivan; "É um documentário bastante completo, o Zé do Caixão conta toda a sua trajetória. Filmei até aquele staff maluco do Zé do Caixão. Eu não ganhei nada para fazer este documentário. Foi meu primeiro trabalho com o Gilberto Santeiro, que era colega de faculdade do Eduardo Viveiros. A gente montou esse filme na TV Educativa do Rio, que havia sido recém inaugurada. De noite aquilo se transformava num mercado persa. Os funcionários vendiam magnético roubado da própria TV. Não sei como consegui que o Gilberto não me reduzisse o filme. Porque o "Universo" em um tempo que é ideal para telefilme, 26 minutos, mas já é grande para curta metragem". Grana com o "Universo ", só depois, com o prêmio do Festival de Brasília, o que ocasionará uma briga entre Cardoso e Mojica, já que foi criador do Zé do Caixão achava que o cheque do prêmio deveria ser dividido com ele. "Foi a primeira vez que eu descobri que o Zé do Caixão era humano". https://youtu.be/trh973B3IMU?si=SmV5GkBC1UW6Q4Zn
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Dissection História: O Legado Sombrio da Banda Sueca de Black Metal: prepare - se para uma imersão completa na vida e na obra de Jon Nödtveidt, o lendário músico que deixou sua marca eterna no mundo do black metal. Neste vídeo, exploramos cada detalhe de seus trajetória, desde os primeiros passos como guitarrista até a fundação do icônico Dissection, que revolucionou o metal extremo com álbuns como "The Somberlain e Storm of the Light' Bane. Vamos mergulhar nas inspirações, crenças filosóficas e espirituais de Jon, e em como essas influências moldaram suas composições sombrias e atmosféricas. Além disso, abordamos os desafios pessoais e polêmicas que marcaram sua vida, até seu retorno triunfante com o álbum "Reinkaos" e o legado que ele deixou após sua morte trágica. Este é um tributo á genialidade, complexidade e impacto cultural de Jon Nödtveidt, uma das figuras mais influentes da história do metal extremo. Não perca essa jornada emocionante e cheia de nuances. Confira: https://youtu.be/M4egl-JGqTE?si=se7rwDNNXpeCY2IC
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Darkthrone : de todas as bandas de black metal surgidas na Noruega durante o início da década de 90, só algumas alcançaram o mesmo status e reconhecimento internacional que a Darkthrone. Ao contrário da maioria dos seus pares, entre 1992 e 1994, o projeto liderado por Fenriz recusou - se a desviar da sua fórmula direta & selvagem, deixando para os outros a evolução do gênero em direções mais ecléticas e os álbuns "A Blaze in the Northern Sky", "Under a Funeral Moon" & "Thransilvanian Hunger" são hoje considerados clássico do gênero. Após adotarem a designação Darkthrone em 1987, o vocalista / guitarrista Nocturno Culto, o guitarrista Zephyrous e o baixista Dag Nilsen tocavam o death metal. Com base em Kolbotn, um subúrbio de Oslo, a banda gravou quatro demos anos seguinte e, eventualmente, assina com a Peaceville Records, que lançou o "Soulside Journey", um petardo de death metal obscuro, em 1991. No entanto, a sonoridade explorada pelo quarteto, era muito similar as bandas suecas dominantes da época, e estava em clara oposição com a pequena, mas dedicada, comunidade Underground que começava a consolidar - se ao redor da infame loja de discos Helvete, em Oslo. Foi aí que foram plantadas as sementes para o chamado Inner Circle do black norueguês e que os elementos do Darkthrone caíram sob o irresistível feitiço maligno do extremismo de Euronymous e, repentinamente, viraram as costas ao death metal para sempre. O que seguiu é, como se costuma dizer, história, com a Peaceville Records a ser apanhada totalmente desprevenida pela experiência inexplicável e crua de eternos clássicos como "A Blaze in the Northern Sky" & "Under a Funeral Moon" de 1992 e 1993. Segundo Nocturno Culto sobre seus guitarristas favoritos; "Claro que ouço metal, mas estou preso nos anos 70. O blues não é meu gênero favorito, mas, quando se trata de guitarristas, sou um grande fã do ZZ Top dos anos 70. Mas, mesmo pelo que fez nos últimos vinte anos, o Billy Gibbons está definitivamente entre os meus guitarristas favoritos. Ele é incrível e isso é, provavelmente, algo a que poderia chamar blues rock. Não tenho guitarristas favoritos no metal, porque não ouço tanto assim". Sobre a tecnologia na música; "A tecnologia abriu o caminho para que mais música e mais bandas tivessem alcance. Acho que isso é algo bom, mas o que eu quero do som em qualquer álbum é personalidade. Vamos pegar uma banda grande como o Metallica... Gostava que eles gravassem com o nosso equipamento. O que fariam para se expressar através daquele equipamento? Isso seria algo interessante". Nocturno Culto fala sobre tocar ao vivo; "Há uma grande diferença entre fazer música e criar um álbum e tocar ao vivo, que é algo que nós não fazemos. Ao tocar ao vivo, a pessoa começa a sentir que está a fazer parte de algum tipo de negócio de entretenimento. E eu não sinto falta disso. É lógico que me vejo como um guitarrista, por isso gostei de estar em digressão com o Satyricon. E sei que tenho feito vozes nos álbuns do Darkthrone, mas basicamente sou um guitarrista. Tocar ao vivo e cantar? É muito incômodo. Não gosto de show. Se pudesse apenas tocar guitarra, estaria feliz". Sobre seu grande amigo Fenriz; "Eu e ele estamos juntos no Darkthrone há mais de trinta anos. Se fôssemos fazer grandes digressões e coisas desse tipo, acho que provavelmente nos iríamos nos odiar. Não é difícil perceber isso. Não, nós não vivemos na mesma cidade. Não o vejo há mais ou menos um ano, mas nos mantemos em contato ".
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