Abbath : em 2015 , o músico anunciou que deixava a pioneira Immortal, a banda de sempre, a notícia provocou ondas de choque que para o melhor e talvez para o pior, abanaram o cenário metal de uma forma inequívoca. Por essa altura, há muito que a inconfundível imagem do frontman da banda originária de Bergen se tinha tornado icônica, com o carismático músico, nascido Olve Eikemo, a transformar - se numa das caras mais reconhecíveis do Segundo Levante do Black Metal. No período compreendido entre 1991 e 2015, interrompido apenas por um pequeno interregno já na viragem do milênio, Abbath liderou uma das mais poderosas forças alguma vez saídas do controverso Underground Escandinavo da década de 90 e apoiados numa sequência irrepreensível de LPs que incluí clássicos como "Pure Holocaust", "Battles In The North", "At The Heart Of Winter" & "Sons Of Northern Darkness". O Immortal se firmou como um dos principais expoentes do extremo da década de 90. Não é por isso propriamente estranho que face à abrupta separação dos ex - companheiros de banda, o guitarrista e vocalista se tenha atirado quase imediatamente de cabeça a uma há muito adiada carreira solo que desde a edição demolidora estréia em nome próprio, muitos elogios lhe tem valido por parte da imprensa especializada e do público. Editado a 22 de janeiro de 2016 via Season Of Mist, Abbath reuniu num só disco todos os elementos que tornaram famosa essa figura grotesca, com a abertura a cargo da tríade "To War!", "Winterbane" e "Ashes Of The Damned", a carregar com uma força avassaladora toda a fúria selvagem própria de uma tempestade de neve no Ártico. No entanto, ao quarto tema, Abbath provou que esta sua nova aventura musical, onde repetiu a colaboração com "King Ov Hell", que já o tinha apontado na estréia do projeto I, pretendia ir muito além da repetição de fórmulas já conhecidas. Alicerçados no mais que reconhecido talento para a composição do ex - baixista de bandas como Gorgoroth, Sahg, God Seed, Audrey Horne ou Ov Hell, temas como "Ocean Of Wounds" provavam que a banda estava apta também a interpretar hinos a meia - noite que construídos a partir de riffs cortantes e de uma sonoridade bem pesada, dura e ainda assim cativante e melódica, revelavam a exploração de uma vasta gama estilística, capaz de agradar a fanáticos seguidores do Bathory, Motörhead e até mesmo Kiss. Resultado em estúdio e em palco, onde já provaram o seu com participações explosivas em vários festivais e digressões deste e do outro lado do Atlântico, Abbath e companhia mostraram - se prontos a conquistar o mundo. Já de uma profunda mudança de formação, a banda ressurgiu em cena sem perder muito tempo (e sem "King Ov Hell", em 2019 com a edição de "Outstrider". Apesar da turbulência, o segundo álbum mostrou o músico no mesmo caminho e a infundir de forma muito eficaz a desolação gelada do black metal com um pouco da pomba e circunstância do heavy metal clássico. Mantendo uma formação extremamente eficiente e consistente, "Outstriders", "Dream Reaver", o mais recente LP de estúdio de Abbath, foi lançado no dia 25 de março de 2022. O disco foi produzido por Endre Kirkesola, Abbath e Dag Eric Nygaard nos estúdios Dub, localizados em Krstiansand, e no Lydstudio, em Bergen, com masterização a cargo de Maor Appelbaum, conhecido pela sua associação a nomes como Faith No More e Rob Halford, no Maor Appelbaum Mastering, Los Angeles.
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Dissection História: O Legado Sombrio da Banda Sueca de Black Metal: prepare - se para uma imersão completa na vida e na obra de Jon Nödtveidt, o lendário músico que deixou sua marca eterna no mundo do black metal. Neste vídeo, exploramos cada detalhe de seus trajetória, desde os primeiros passos como guitarrista até a fundação do icônico Dissection, que revolucionou o metal extremo com álbuns como "The Somberlain e Storm of the Light' Bane. Vamos mergulhar nas inspirações, crenças filosóficas e espirituais de Jon, e em como essas influências moldaram suas composições sombrias e atmosféricas. Além disso, abordamos os desafios pessoais e polêmicas que marcaram sua vida, até seu retorno triunfante com o álbum "Reinkaos" e o legado que ele deixou após sua morte trágica. Este é um tributo á genialidade, complexidade e impacto cultural de Jon Nödtveidt, uma das figuras mais influentes da história do metal extremo. Não perca essa jornada emocionante e cheia de nuances. Confira: https://youtu.be/M4egl-JGqTE?si=se7rwDNNXpeCY2IC
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Darkthrone : de todas as bandas de black metal surgidas na Noruega durante o início da década de 90, só algumas alcançaram o mesmo status e reconhecimento internacional que a Darkthrone. Ao contrário da maioria dos seus pares, entre 1992 e 1994, o projeto liderado por Fenriz recusou - se a desviar da sua fórmula direta & selvagem, deixando para os outros a evolução do gênero em direções mais ecléticas e os álbuns "A Blaze in the Northern Sky", "Under a Funeral Moon" & "Thransilvanian Hunger" são hoje considerados clássico do gênero. Após adotarem a designação Darkthrone em 1987, o vocalista / guitarrista Nocturno Culto, o guitarrista Zephyrous e o baixista Dag Nilsen tocavam o death metal. Com base em Kolbotn, um subúrbio de Oslo, a banda gravou quatro demos anos seguinte e, eventualmente, assina com a Peaceville Records, que lançou o "Soulside Journey", um petardo de death metal obscuro, em 1991. No entanto, a sonoridade explorada pelo quarteto, era muito similar as bandas suecas dominantes da época, e estava em clara oposição com a pequena, mas dedicada, comunidade Underground que começava a consolidar - se ao redor da infame loja de discos Helvete, em Oslo. Foi aí que foram plantadas as sementes para o chamado Inner Circle do black norueguês e que os elementos do Darkthrone caíram sob o irresistível feitiço maligno do extremismo de Euronymous e, repentinamente, viraram as costas ao death metal para sempre. O que seguiu é, como se costuma dizer, história, com a Peaceville Records a ser apanhada totalmente desprevenida pela experiência inexplicável e crua de eternos clássicos como "A Blaze in the Northern Sky" & "Under a Funeral Moon" de 1992 e 1993. Segundo Nocturno Culto sobre seus guitarristas favoritos; "Claro que ouço metal, mas estou preso nos anos 70. O blues não é meu gênero favorito, mas, quando se trata de guitarristas, sou um grande fã do ZZ Top dos anos 70. Mas, mesmo pelo que fez nos últimos vinte anos, o Billy Gibbons está definitivamente entre os meus guitarristas favoritos. Ele é incrível e isso é, provavelmente, algo a que poderia chamar blues rock. Não tenho guitarristas favoritos no metal, porque não ouço tanto assim". Sobre a tecnologia na música; "A tecnologia abriu o caminho para que mais música e mais bandas tivessem alcance. Acho que isso é algo bom, mas o que eu quero do som em qualquer álbum é personalidade. Vamos pegar uma banda grande como o Metallica... Gostava que eles gravassem com o nosso equipamento. O que fariam para se expressar através daquele equipamento? Isso seria algo interessante". Nocturno Culto fala sobre tocar ao vivo; "Há uma grande diferença entre fazer música e criar um álbum e tocar ao vivo, que é algo que nós não fazemos. Ao tocar ao vivo, a pessoa começa a sentir que está a fazer parte de algum tipo de negócio de entretenimento. E eu não sinto falta disso. É lógico que me vejo como um guitarrista, por isso gostei de estar em digressão com o Satyricon. E sei que tenho feito vozes nos álbuns do Darkthrone, mas basicamente sou um guitarrista. Tocar ao vivo e cantar? É muito incômodo. Não gosto de show. Se pudesse apenas tocar guitarra, estaria feliz". Sobre seu grande amigo Fenriz; "Eu e ele estamos juntos no Darkthrone há mais de trinta anos. Se fôssemos fazer grandes digressões e coisas desse tipo, acho que provavelmente nos iríamos nos odiar. Não é difícil perceber isso. Não, nós não vivemos na mesma cidade. Não o vejo há mais ou menos um ano, mas nos mantemos em contato ".
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