Bathory - Hammerheart (1990) Em 1984 nascia uma das bandas mais influentes de todos os tempos da cena black metal que já havia dado seu ponta pé inicial com o Venom que naquela altura tinha gravado os álbuns Welcome To Hell (1981) e Black Metal (1982) e assim surge o Bathory cujo primeiro álbum carrega o mesmo nome da banda e saiu em 1984 e se tornou um grande sucesso entre os seguidores de metal cujo prestígio aumentou ainda mais quando lançaram The Return (1985) e o Under The Sign Of The Black Mark extrapolando os limites do peso, velocidade e agressividade aliados as letras que falavam abertamente sobre o inferno, sem nenhum pudor, mas em 1988, a banda lançava Blood... Fire.. Death, um álbum que pode ser considerado um divisor de águas dentro da carreira do Bathory, pois neste álbum a temática, a temática satânica foi deixada de lado para dar lugar a uma temática Viking, embora ainda o som possuísse o mesmo peso, velocidade e agressividade que se consagraram marcas registradas da banda já dava evidências de mudanças em mudanças em relação as composições no tocante a duração das mesmas fato que iria se refletir no próximo lançamento do Bathory. Os trabalhos de gravação de Hammerheart foram realizados no Heavenshore Studios localizados em Estocolmo, Suécia, durante os meses de junho e agosto de 1989 e o lançamento só aconteceu em 16 de abril de 1990. E com este novo álbum a transição para o que se mencionou chamar Viking Metal estava completa e não se tratava de uma mudança de um estilo a outro para ganhar mais notoriedade e alcançar uma gama maior de ouvintes, muito pelo contrário porque o material apresentado em Hammerheart embora possuísse músicas mais cadenciadas ao peso e agressividade, o que não foi de lado em momento algum e isso mostra que estamos diante de uma das obras primas do extremo metal e que inclusive, foi responsável pelo surgimento de um sub - estilo e que influenciou bandas como Graveland, Burzum & Enslaved. Hammerheart inaugura com segurança um novo caminho na carreira do Bathory e o seu líder e idealizador Quorthon acertou em cheio ao trazer para dentro do seu projeto a temática cultural de seus antepassados Vikings que viveram no norte da Europa até o século XI, desaparecendo com a cristianização progressiva da Europa. Em Hammerheart Quorthon narra a saga dos seus antepassados prestando a eles o seu merecido tributo e a viagem de Hammerheart começa com a longa Shore In Flames que puxa a saga nórdica com o seu peso e fúria épica durante seus mais de onze minutos e em Valhalla os coros e efeitos sonoros aliados ao peso agressivo, funcionam como um pano de fundo, ao narrar o estilo daqueles que morrem em batalha e a faixa Baptized In The Fire And Ice que marca pelos riffs de guitarra e os coros eletrizantes cuja letra aborda a herança e agradecimento ao seu povo, sua terra por ser parte deles a faixa Father To son, narra a herança referente aos valores passados de geração a geração que suas memórias desapareçam visando garantir a continuidade do seu povo afirmando a personalidade guerreira dos Vikings que se lançavam aos mares, cujo começo se inicia com latidos de um cachorro, passos de pessoas e a abertura de uma porta com um choro de um bebê, dando vez a sonoridade pesada conduzida por riffs de guitarra, contando com os climas épicos cujo ápice se dá nos refrões grudentos e cheios de coros e a faixa Song To Hall Up Hight é na verdade um interlúdio acústico que invoca a proteção de Odin, o Deus máximo do panteão Viking quando o guerreiro morre. A entrada Home Of Once Brave, um tema lento e arrastado, calçado nos poderosos riffs de guitarra e levadas matadoras de bateria criando um clima épico sombrio e a faixa de grande destaque deste álbum fica para a faixa One Rode To Asa Bay, que narra a chegada do cristianismo pondo fim a era dos Vikings. A capa que embala o álbum foi tirada de uma pintura de Sir Frank Dicksee que retrata o funeral de um Viking e faz parte de um acervo da galeria de arte de Manchester e assim o Bathory com Hammerheart abre uma nova fase em sua carreira cujo álbum influênciria todas as demais gerações seguintes do estilo fazendo nascer o Viking Metal onde diversas bandas bebem até os dias de hoje.
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Dissection História: O Legado Sombrio da Banda Sueca de Black Metal: prepare - se para uma imersão completa na vida e na obra de Jon Nödtveidt, o lendário músico que deixou sua marca eterna no mundo do black metal. Neste vídeo, exploramos cada detalhe de seus trajetória, desde os primeiros passos como guitarrista até a fundação do icônico Dissection, que revolucionou o metal extremo com álbuns como "The Somberlain e Storm of the Light' Bane. Vamos mergulhar nas inspirações, crenças filosóficas e espirituais de Jon, e em como essas influências moldaram suas composições sombrias e atmosféricas. Além disso, abordamos os desafios pessoais e polêmicas que marcaram sua vida, até seu retorno triunfante com o álbum "Reinkaos" e o legado que ele deixou após sua morte trágica. Este é um tributo á genialidade, complexidade e impacto cultural de Jon Nödtveidt, uma das figuras mais influentes da história do metal extremo. Não perca essa jornada emocionante e cheia de nuances. Confira: https://youtu.be/M4egl-JGqTE?si=se7rwDNNXpeCY2IC
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Darkthrone : de todas as bandas de black metal surgidas na Noruega durante o início da década de 90, só algumas alcançaram o mesmo status e reconhecimento internacional que a Darkthrone. Ao contrário da maioria dos seus pares, entre 1992 e 1994, o projeto liderado por Fenriz recusou - se a desviar da sua fórmula direta & selvagem, deixando para os outros a evolução do gênero em direções mais ecléticas e os álbuns "A Blaze in the Northern Sky", "Under a Funeral Moon" & "Thransilvanian Hunger" são hoje considerados clássico do gênero. Após adotarem a designação Darkthrone em 1987, o vocalista / guitarrista Nocturno Culto, o guitarrista Zephyrous e o baixista Dag Nilsen tocavam o death metal. Com base em Kolbotn, um subúrbio de Oslo, a banda gravou quatro demos anos seguinte e, eventualmente, assina com a Peaceville Records, que lançou o "Soulside Journey", um petardo de death metal obscuro, em 1991. No entanto, a sonoridade explorada pelo quarteto, era muito similar as bandas suecas dominantes da época, e estava em clara oposição com a pequena, mas dedicada, comunidade Underground que começava a consolidar - se ao redor da infame loja de discos Helvete, em Oslo. Foi aí que foram plantadas as sementes para o chamado Inner Circle do black norueguês e que os elementos do Darkthrone caíram sob o irresistível feitiço maligno do extremismo de Euronymous e, repentinamente, viraram as costas ao death metal para sempre. O que seguiu é, como se costuma dizer, história, com a Peaceville Records a ser apanhada totalmente desprevenida pela experiência inexplicável e crua de eternos clássicos como "A Blaze in the Northern Sky" & "Under a Funeral Moon" de 1992 e 1993. Segundo Nocturno Culto sobre seus guitarristas favoritos; "Claro que ouço metal, mas estou preso nos anos 70. O blues não é meu gênero favorito, mas, quando se trata de guitarristas, sou um grande fã do ZZ Top dos anos 70. Mas, mesmo pelo que fez nos últimos vinte anos, o Billy Gibbons está definitivamente entre os meus guitarristas favoritos. Ele é incrível e isso é, provavelmente, algo a que poderia chamar blues rock. Não tenho guitarristas favoritos no metal, porque não ouço tanto assim". Sobre a tecnologia na música; "A tecnologia abriu o caminho para que mais música e mais bandas tivessem alcance. Acho que isso é algo bom, mas o que eu quero do som em qualquer álbum é personalidade. Vamos pegar uma banda grande como o Metallica... Gostava que eles gravassem com o nosso equipamento. O que fariam para se expressar através daquele equipamento? Isso seria algo interessante". Nocturno Culto fala sobre tocar ao vivo; "Há uma grande diferença entre fazer música e criar um álbum e tocar ao vivo, que é algo que nós não fazemos. Ao tocar ao vivo, a pessoa começa a sentir que está a fazer parte de algum tipo de negócio de entretenimento. E eu não sinto falta disso. É lógico que me vejo como um guitarrista, por isso gostei de estar em digressão com o Satyricon. E sei que tenho feito vozes nos álbuns do Darkthrone, mas basicamente sou um guitarrista. Tocar ao vivo e cantar? É muito incômodo. Não gosto de show. Se pudesse apenas tocar guitarra, estaria feliz". Sobre seu grande amigo Fenriz; "Eu e ele estamos juntos no Darkthrone há mais de trinta anos. Se fôssemos fazer grandes digressões e coisas desse tipo, acho que provavelmente nos iríamos nos odiar. Não é difícil perceber isso. Não, nós não vivemos na mesma cidade. Não o vejo há mais ou menos um ano, mas nos mantemos em contato ".
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