Emperor: para mim um dos mais importantes álbuns em todos os tempos, uma verdadeira obra - prima do extremo metal. Eu sei, que a maioria esmagadora dos seguidores do Emperor, consideram o In The Nightside Eclipse, de 1994, como sendo o divisor de águas da banda, sim, sem dúvida, é um gigante, mas prefiro o Anthems to the Welkin at Dusk. Quando o Anthems to the Welkin at Dusk foi lançado em 1997, não tinha tanto conhecimento do estilo, mesmo porque, poucos os ouviam. O pouco do material que chegava em minhas mãos, eram de resenhas de revistas como Top Rock, Metalhead, Bizz e Rock Brigade. Um certo dia, um colega foi a trabalho em São Paulo e lhe dei dinheiro dinheiro para que comprasse o máximo possível de álbuns de black metal, pois onde morava, esse material seria possível de ter acesso. Por sorte, na loja em que ficava próximo ao local onde pernoitava, tinha apenas dois álbuns extremos, o Stormbläst do Dimmu Borgir e outro que era justamente o Anthems at Dusk, e mesmo não conhecendo, pedi que me trouxesse. Ao ter contato com o álbum, o coloquei para tocar, mas a princípio não o entendi, acredito que a razão foi a produção que era tosca demais e fiquei triste por ter desperdiçado o dinheiro. Mas em uma madrugada de solidão, resolvi dar mais uma chance a ele e o ouvi em detalhes através de um fone. A experiência a partir daí foi outra, um estado de êxtase misturada com adrenalina em nível máximo. A brutalidade das músicas e suas complexidades me deixaram em choque, e como contra - ponto, passagens sombrias e soturnas de teclado. Os destaques, sem dúvida, ficam por conta das faixas With Strengt I Burn & Thus Spake The Nightspirit, com linhas melódicas fora do normal. Outro ponto forte do álbum é a faixa The Loss and Curse of Reverence, que é o carro chefe deste belo trabalho do Emperor, é rápida, épica, melódica e complexa. Até mesmo a faixa The Acclamation of Bonds, considerada a mais fraca do álbum, não deixa de ser sublime, dando a impressão de que fui teletransportado ao um universo paralelo e nórdico. Sem dúvida, um dos trabalhos essenciais para quem segue o estilo, um belo e fúnebre material lançado por uma banda em que sem dúvida, será lembrada eternamente como uma das mais importantes em toda a história da música.

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