Bathory - Bathory (1984) É uma das obras mais influentes e tidas como pilar do metal extremo. Quorthon, líder e único membro da banda sueca, criou um som que seria pioneiro na formação dos elementos as bases para o que se tornaria um dos direcionamentos ao Black Metal e seus sub - gêneros. Este material é conhecido por seu som crú e primitivo, um recurso intencional que busca capturar uma sensação de medo, ódio e caos. A produção do álbum é precária , mixagem suja, com instrumentos distorcidos e vocais guturais e roucos, frios e escuros, ressoando com ecos assustadores. No entanto, esta produção suja, dá - lhe uma macabra autenticidade e crueza que longe de ser um erro, contribuiu e muito para a aura sinistra da Bathory que sinalizava o que estava por vir. Suas letras focadas no Satanismo, morte, trevas, anti - religiões e anti - sociedade são as bases temáticas de Quorthon. Canções como Hades, Reaper e In Conspiracy with Satan, exaltam violência, guerra e destruição total da religião, tendo um alinhamento perfeito ao estilo. Quorthon entrega estruturas simples e objetivas, com eficiência absoluta, atmosfera densa e com clareza, atingindo o equilíbrio entre a brutalidade e de um ritual pagão. Bathory não apenas ajudou a construir os pilares do Black Metal em sua sonoridade, mas também na estética. Vocais frios e riffs cortantes e essas bases atmosféricas e do mal são elementos fundamentais do Black Metal. O uso de imagens pagãs e satânicas, começando pela arte, é uma declaração clara de guerra contra a sociedade cristã. Faixas como Sacrifice e War são destaques e até hoje executadas por diversas bandas extremas, são hinos do mal. Raise the Dead adotam uma abordagem mais atmosférica, usando uma batida densa e devagar no compasso, é ameaçador, porém, o riff é simples, mas eficiente, sempre com aquele toque do primitivo. Bathory é uma obra fundamental na história do Black Metal, mas seu som é único se comparado com as demais produções de Quorthon, mas é essencial a audição por qualquer seguidor de estilos extremos, uma marca eterna e necessária por seu impacto na arte.
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Darkthrone : de todas as bandas de black metal surgidas na Noruega durante o início da década de 90, só algumas alcançaram o mesmo status e reconhecimento internacional que a Darkthrone. Ao contrário da maioria dos seus pares, entre 1992 e 1994, o projeto liderado por Fenriz recusou - se a desviar da sua fórmula direta & selvagem, deixando para os outros a evolução do gênero em direções mais ecléticas e os álbuns "A Blaze in the Northern Sky", "Under a Funeral Moon" & "Thransilvanian Hunger" são hoje considerados clássico do gênero. Após adotarem a designação Darkthrone em 1987, o vocalista / guitarrista Nocturno Culto, o guitarrista Zephyrous e o baixista Dag Nilsen tocavam o death metal. Com base em Kolbotn, um subúrbio de Oslo, a banda gravou quatro demos anos seguinte e, eventualmente, assina com a Peaceville Records, que lançou o "Soulside Journey", um petardo de death metal obscuro, em 1991. No entanto, a sonoridade explorada pelo quarteto, era muito similar as bandas suecas dominantes da época, e estava em clara oposição com a pequena, mas dedicada, comunidade Underground que começava a consolidar - se ao redor da infame loja de discos Helvete, em Oslo. Foi aí que foram plantadas as sementes para o chamado Inner Circle do black norueguês e que os elementos do Darkthrone caíram sob o irresistível feitiço maligno do extremismo de Euronymous e, repentinamente, viraram as costas ao death metal para sempre. O que seguiu é, como se costuma dizer, história, com a Peaceville Records a ser apanhada totalmente desprevenida pela experiência inexplicável e crua de eternos clássicos como "A Blaze in the Northern Sky" & "Under a Funeral Moon" de 1992 e 1993. Segundo Nocturno Culto sobre seus guitarristas favoritos; "Claro que ouço metal, mas estou preso nos anos 70. O blues não é meu gênero favorito, mas, quando se trata de guitarristas, sou um grande fã do ZZ Top dos anos 70. Mas, mesmo pelo que fez nos últimos vinte anos, o Billy Gibbons está definitivamente entre os meus guitarristas favoritos. Ele é incrível e isso é, provavelmente, algo a que poderia chamar blues rock. Não tenho guitarristas favoritos no metal, porque não ouço tanto assim". Sobre a tecnologia na música; "A tecnologia abriu o caminho para que mais música e mais bandas tivessem alcance. Acho que isso é algo bom, mas o que eu quero do som em qualquer álbum é personalidade. Vamos pegar uma banda grande como o Metallica... Gostava que eles gravassem com o nosso equipamento. O que fariam para se expressar através daquele equipamento? Isso seria algo interessante". Nocturno Culto fala sobre tocar ao vivo; "Há uma grande diferença entre fazer música e criar um álbum e tocar ao vivo, que é algo que nós não fazemos. Ao tocar ao vivo, a pessoa começa a sentir que está a fazer parte de algum tipo de negócio de entretenimento. E eu não sinto falta disso. É lógico que me vejo como um guitarrista, por isso gostei de estar em digressão com o Satyricon. E sei que tenho feito vozes nos álbuns do Darkthrone, mas basicamente sou um guitarrista. Tocar ao vivo e cantar? É muito incômodo. Não gosto de show. Se pudesse apenas tocar guitarra, estaria feliz". Sobre seu grande amigo Fenriz; "Eu e ele estamos juntos no Darkthrone há mais de trinta anos. Se fôssemos fazer grandes digressões e coisas desse tipo, acho que provavelmente nos iríamos nos odiar. Não é difícil perceber isso. Não, nós não vivemos na mesma cidade. Não o vejo há mais ou menos um ano, mas nos mantemos em contato ".
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