Sexta - Feira 13 (1980) - O Nascimento De Uma Lenda Do Terror Este clássico oitentista deixou um legado para a história muito maior que sua própria qualidade cinematográfica justamente por ser fiel ao simples objetivo de entreter. Anos após o lançamento de Sexta - Feira 13, a herança do serial Killer Jason Voorhees é inquestionável por seu rastro cultural. A máscara de hóquei é ícone do terror reconhecido no mundo inteiro. Porém, todo fã sabe que este primeiro filme só representa a semente do que a franquia se tornaria durante a década de 1980 - nenhum desses elementos já estava presente. Verdade seja dita, a produção foi concebida por Sean. Cunningham para aproveitar o sucesso de Halloween e faturar em cima da demanda que predecessor de 1978 ajudou a criar. E deu certo, porque o sucesso acabou gerando as sequências que todos conhecem e deram corpo à onda slasher que marcou o cinema da década. Porém, o que este terror superestimado realmente trouxe para aquele momento ainda sem os ecos da franquia, muito menos os traços de Jason? O conceito é simples, adolescentes sendo mortos um a um por um assassino desconhecido. Para começar, Sean S. Cunningham apostou na identificação dos jovens personagens, que também seriam espelho do público a ser alcançado. A ambientação da matança num acampamento de férias era a desculpa ideal para afastá - los do domínio adulto e deixá - los sozinhos, tanto para serem presas de alguém misterioso quanto para serem livres para transar e fumar a vontade. A propósito, a sexualização dos personagens foi um elemento tão marcante que evoluiu a sutileza de Halloween para algo mais escancarado, a ponto de criar o estigma de uma certa moralidade implícita no slasher sexo e drogas seriam punidos por morte. Os assassinatos também receberam um tratamento criativo - algo que viria a ser foco consciente e marca registrada da franquia pelo talentoso técnico de efeitos e maquiagem Tom Savini, colaborador usual de George Romero de A Noite dos Mortos - Vivos. Além disso, ao tomar a posição dos olhos do assassino, a câmera de Cunningham não só esconde o corpo e a identidade do vilão, mas coloca o espectador numa posição de voyeur durante as caçadas. Tal característica não foi criação original da obra, pois já existia no italiano e estava presente no clássico canadense Noite do Terror de 1974. No entanto, o diretor se aproveitou de um outro efeito desta técnica no espectador, na visão do público de 1980, somente um homem seria capaz de cometer as atrocidades do filme. Assim, a espectativa de finalmente conhecer a identidade do vilão é superada em uma grande virada revelatória que é origem da lenda de Jason Voorhees e contribuiu para o seu sucesso nos cinemas. Spoilers de anos a parte, o Jason como se conhece, com suas caracterizações icônicas e comportamento sobrenatural, só começa a tomar forma a partir da sequência. Nesta primeira obra, a estrela é outra. Marcado também por ser um dos primeiros trabalhos de Kevin Bacon no cinema, como vítima, além da memorável trilha sonora de Harry Manfredini. O filme não é tão bom em relação a outros clássicos como o O Massacre da Serra Elétrica, Halloween e a Hora do Pesadelo. Enquanto estes últimos traziam a autoridade de seus respectivos cineastas, Tobe Hooper, John Carpenter e Wes Craven, aqui talvez Cunningham estivesse mais interessado em fazer dinheiro. E se atirou no que viu, atingiu o que não viu, pois o público abraçou as decisões que direcionaram a franquia e transformaram Jason em um dos vilões mais populares em todos os tempos. Mesmo com sua qualidade questionável, Sexta - Feira - 13 é lembrado como um dos melhores filmes da franquia, senão o melhor. Porém, mais importante que isso, a obra foi fundamental para impulsionar o cinema de terror no fim do século XX - tanto sob o aspecto financeiro, já que o gênero proporciona um dos maiores retornos sobre investimentos para os produtores, quanto sob o cultural. Como porta de entrada para o horror, Jason e seus filmes cativaram uma nova geração de espectadores atraídos por algo que poucas outras produções entregaram tão bem que é prender a atenção do público. Direção: Sean S. Cunningham Produção: Sean S. Cunningham Roteiro: Victor Miller Música: Harry Manfredini
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Dissection História: O Legado Sombrio da Banda Sueca de Black Metal: prepare - se para uma imersão completa na vida e na obra de Jon Nödtveidt, o lendário músico que deixou sua marca eterna no mundo do black metal. Neste vídeo, exploramos cada detalhe de seus trajetória, desde os primeiros passos como guitarrista até a fundação do icônico Dissection, que revolucionou o metal extremo com álbuns como "The Somberlain e Storm of the Light' Bane. Vamos mergulhar nas inspirações, crenças filosóficas e espirituais de Jon, e em como essas influências moldaram suas composições sombrias e atmosféricas. Além disso, abordamos os desafios pessoais e polêmicas que marcaram sua vida, até seu retorno triunfante com o álbum "Reinkaos" e o legado que ele deixou após sua morte trágica. Este é um tributo á genialidade, complexidade e impacto cultural de Jon Nödtveidt, uma das figuras mais influentes da história do metal extremo. Não perca essa jornada emocionante e cheia de nuances. Confira: https://youtu.be/M4egl-JGqTE?si=se7rwDNNXpeCY2IC
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Darkthrone : de todas as bandas de black metal surgidas na Noruega durante o início da década de 90, só algumas alcançaram o mesmo status e reconhecimento internacional que a Darkthrone. Ao contrário da maioria dos seus pares, entre 1992 e 1994, o projeto liderado por Fenriz recusou - se a desviar da sua fórmula direta & selvagem, deixando para os outros a evolução do gênero em direções mais ecléticas e os álbuns "A Blaze in the Northern Sky", "Under a Funeral Moon" & "Thransilvanian Hunger" são hoje considerados clássico do gênero. Após adotarem a designação Darkthrone em 1987, o vocalista / guitarrista Nocturno Culto, o guitarrista Zephyrous e o baixista Dag Nilsen tocavam o death metal. Com base em Kolbotn, um subúrbio de Oslo, a banda gravou quatro demos anos seguinte e, eventualmente, assina com a Peaceville Records, que lançou o "Soulside Journey", um petardo de death metal obscuro, em 1991. No entanto, a sonoridade explorada pelo quarteto, era muito similar as bandas suecas dominantes da época, e estava em clara oposição com a pequena, mas dedicada, comunidade Underground que começava a consolidar - se ao redor da infame loja de discos Helvete, em Oslo. Foi aí que foram plantadas as sementes para o chamado Inner Circle do black norueguês e que os elementos do Darkthrone caíram sob o irresistível feitiço maligno do extremismo de Euronymous e, repentinamente, viraram as costas ao death metal para sempre. O que seguiu é, como se costuma dizer, história, com a Peaceville Records a ser apanhada totalmente desprevenida pela experiência inexplicável e crua de eternos clássicos como "A Blaze in the Northern Sky" & "Under a Funeral Moon" de 1992 e 1993. Segundo Nocturno Culto sobre seus guitarristas favoritos; "Claro que ouço metal, mas estou preso nos anos 70. O blues não é meu gênero favorito, mas, quando se trata de guitarristas, sou um grande fã do ZZ Top dos anos 70. Mas, mesmo pelo que fez nos últimos vinte anos, o Billy Gibbons está definitivamente entre os meus guitarristas favoritos. Ele é incrível e isso é, provavelmente, algo a que poderia chamar blues rock. Não tenho guitarristas favoritos no metal, porque não ouço tanto assim". Sobre a tecnologia na música; "A tecnologia abriu o caminho para que mais música e mais bandas tivessem alcance. Acho que isso é algo bom, mas o que eu quero do som em qualquer álbum é personalidade. Vamos pegar uma banda grande como o Metallica... Gostava que eles gravassem com o nosso equipamento. O que fariam para se expressar através daquele equipamento? Isso seria algo interessante". Nocturno Culto fala sobre tocar ao vivo; "Há uma grande diferença entre fazer música e criar um álbum e tocar ao vivo, que é algo que nós não fazemos. Ao tocar ao vivo, a pessoa começa a sentir que está a fazer parte de algum tipo de negócio de entretenimento. E eu não sinto falta disso. É lógico que me vejo como um guitarrista, por isso gostei de estar em digressão com o Satyricon. E sei que tenho feito vozes nos álbuns do Darkthrone, mas basicamente sou um guitarrista. Tocar ao vivo e cantar? É muito incômodo. Não gosto de show. Se pudesse apenas tocar guitarra, estaria feliz". Sobre seu grande amigo Fenriz; "Eu e ele estamos juntos no Darkthrone há mais de trinta anos. Se fôssemos fazer grandes digressões e coisas desse tipo, acho que provavelmente nos iríamos nos odiar. Não é difícil perceber isso. Não, nós não vivemos na mesma cidade. Não o vejo há mais ou menos um ano, mas nos mantemos em contato ".
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