Ad Vitam Infernal: disponível o álbum da banda francesa de death metal "Le Ballet Des Anges", lançado via Dolorem Records. O álbum apresenta 10 faixas cortantes capaz de levantar um defunto de sua cova. As faixas não são progressivas, são 30 minutos de um som extremamente satânico. Já falei diversas vezes sobre a sofisticação da música extrema francesa e mais uma vez pesquisando me deparei com Ad Vitam Infernal que apresenta seu segundo artefato intitulado "Le Ballet Des Anges", nada se salva e o caminho que se segue é o da devastação em todos os sentidos, canções que conseguem manter a intensidade máxima, talvez sem canções curtas, mas contundentes por si só, é um manifesto total aos bons costumes. "The Overture" é a mais leve se comparada com as demais faixas, porque quando começa "And the Watchers", uma daquelas músicas que quando você consegue ouvir ao vivo, o caos vai desencadear com aqueles riffs bestiais, tem um gutural cheio de ferocidade e o solo de guitarra é brutal. "Asael (God Has Made... )", essa vai direto na cabeça, não há respeito nenhum por essa música toda, menos não sendo progressivas, é uma carnificina. "Enchain Them All!", é agressiva em todos os momentos, a bateria é destaque e proporciona ataques profundos, riffs que lembra Immolation, uma bela dose de death metal. "A Peace Place to Wait..." continua a ter um som muito poderoso, talvez não bestial quanto os anteriores, mas em nenhum momento é fraco. "Wandering Spirits", são 03 minutos onde a misericórdia não existe, devastador tanto no trabalho de guitarra é o que esta presente aqui. "I Saw Everything", só a palavra avassaladora é a única que pode definir esta peça, curta mas que cumpre o seu objetivo desde o primeiro momento, metal extremo muito sofisticado e alinhado com a tradicional velha escola. "Free Will Has Set Us Free", avança de forma mais controlada, mas aquele som pesado consegue se espalhar a cada riff que se entrega. "Everyone", Everywhere", dá o ponto final a este segundo capítulo da história do Ad Vitam Infernal, esta peça é o encerramento mais ideal que poderia ter sido alcançado com mais do um tremendo trabalho de metal extremo. "Le Ballet Des Anges" é um trabalho poderoso com um som clássico e alinhado com a escola noventista.
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Darkthrone : de todas as bandas de black metal surgidas na Noruega durante o início da década de 90, só algumas alcançaram o mesmo status e reconhecimento internacional que a Darkthrone. Ao contrário da maioria dos seus pares, entre 1992 e 1994, o projeto liderado por Fenriz recusou - se a desviar da sua fórmula direta & selvagem, deixando para os outros a evolução do gênero em direções mais ecléticas e os álbuns "A Blaze in the Northern Sky", "Under a Funeral Moon" & "Thransilvanian Hunger" são hoje considerados clássico do gênero. Após adotarem a designação Darkthrone em 1987, o vocalista / guitarrista Nocturno Culto, o guitarrista Zephyrous e o baixista Dag Nilsen tocavam o death metal. Com base em Kolbotn, um subúrbio de Oslo, a banda gravou quatro demos anos seguinte e, eventualmente, assina com a Peaceville Records, que lançou o "Soulside Journey", um petardo de death metal obscuro, em 1991. No entanto, a sonoridade explorada pelo quarteto, era muito similar as bandas suecas dominantes da época, e estava em clara oposição com a pequena, mas dedicada, comunidade Underground que começava a consolidar - se ao redor da infame loja de discos Helvete, em Oslo. Foi aí que foram plantadas as sementes para o chamado Inner Circle do black norueguês e que os elementos do Darkthrone caíram sob o irresistível feitiço maligno do extremismo de Euronymous e, repentinamente, viraram as costas ao death metal para sempre. O que seguiu é, como se costuma dizer, história, com a Peaceville Records a ser apanhada totalmente desprevenida pela experiência inexplicável e crua de eternos clássicos como "A Blaze in the Northern Sky" & "Under a Funeral Moon" de 1992 e 1993. Segundo Nocturno Culto sobre seus guitarristas favoritos; "Claro que ouço metal, mas estou preso nos anos 70. O blues não é meu gênero favorito, mas, quando se trata de guitarristas, sou um grande fã do ZZ Top dos anos 70. Mas, mesmo pelo que fez nos últimos vinte anos, o Billy Gibbons está definitivamente entre os meus guitarristas favoritos. Ele é incrível e isso é, provavelmente, algo a que poderia chamar blues rock. Não tenho guitarristas favoritos no metal, porque não ouço tanto assim". Sobre a tecnologia na música; "A tecnologia abriu o caminho para que mais música e mais bandas tivessem alcance. Acho que isso é algo bom, mas o que eu quero do som em qualquer álbum é personalidade. Vamos pegar uma banda grande como o Metallica... Gostava que eles gravassem com o nosso equipamento. O que fariam para se expressar através daquele equipamento? Isso seria algo interessante". Nocturno Culto fala sobre tocar ao vivo; "Há uma grande diferença entre fazer música e criar um álbum e tocar ao vivo, que é algo que nós não fazemos. Ao tocar ao vivo, a pessoa começa a sentir que está a fazer parte de algum tipo de negócio de entretenimento. E eu não sinto falta disso. É lógico que me vejo como um guitarrista, por isso gostei de estar em digressão com o Satyricon. E sei que tenho feito vozes nos álbuns do Darkthrone, mas basicamente sou um guitarrista. Tocar ao vivo e cantar? É muito incômodo. Não gosto de show. Se pudesse apenas tocar guitarra, estaria feliz". Sobre seu grande amigo Fenriz; "Eu e ele estamos juntos no Darkthrone há mais de trinta anos. Se fôssemos fazer grandes digressões e coisas desse tipo, acho que provavelmente nos iríamos nos odiar. Não é difícil perceber isso. Não, nós não vivemos na mesma cidade. Não o vejo há mais ou menos um ano, mas nos mantemos em contato ".
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