Entombed: o clássico foi editado em 11 de novembro de 1991 e celebra 33 anos. Vamos relembrar um show realizado no Astoria, Londres. Formados em 1987, em Estocolmo, a Entombed afirmou - se como uma das bandas mais importantes da cena extrema do final da década de 80 para a de 90. Com Lars - Göran Petrov no vocal, Uffe Cederlund e Alex Hellid nas guitarras, Nicke Andersson na bateria e Lars Rosenberg no baixo, o jovem grupo lançou o debut álbum "Left Hand Path" de 1990 via Earache Records e recolheu desde logo elogios rasgados. Resultado, apoiados num som distinto e sem precedentes à altura, a Entombed transformaram - se num épice na influência chave para o gênero como o conhecemos hoje em dia e estabeleceram - se como uma das principais bandas do death metal sueco. Lançado apenas um ano depois, o "Clandestine", elevou em muito a estabelecida pelo seu predecessor e é considerado um marco na história do death metal e uma das obras - primas do estilo. Gravado em apenas duas semanas com o produtor Tomas Skogsberg, o segundo álbum da Entombed mostrou - os a explorarem uma abordagem ainda mais técnica e agressiva ao som já estabelecido no "Left Hand Path", em riffs pesados, ritmos rápidos e uma atmosfera tão sombria como obscura. A combinação das linhas vocais registradas por Nicke Andersson, na ausência de Petrov, os riffs e solos da dupla Hellid/Cederlund e uma seção rítmica muito sólida, funcionam como uma máquina bem oleada e condimentada pelo som de Estocolmo, são, sem dúvida, o segredo da assinatura sonora e única do álbum. Como pode - se conferir no link que deixarei abaixo, no dia 18 de março de 1992, uns quatro meses após o lançamento de "Clandestine", que acabou por transformar - se num lançamento incortonável na história da música extrema durante os anos seguintes, a Entombed mostraram - se verdadeiramente imparável no saudoso Astoria. É interessante lembrar que esta foi apenas a terceira data da lendária Gods of Grind Tour, organizada pela Earache Records e que apresentava também a Carcass, Cathedral e Confessor. Após este concerto, os quatro grupos continuaram em viagem pelo velho continente durante o resto de março e início de abril. Confira: https://youtu.be/yuZ1UKKsMCs?si=P9JLJqnfVvg1t1IA
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Darkthrone : de todas as bandas de black metal surgidas na Noruega durante o início da década de 90, só algumas alcançaram o mesmo status e reconhecimento internacional que a Darkthrone. Ao contrário da maioria dos seus pares, entre 1992 e 1994, o projeto liderado por Fenriz recusou - se a desviar da sua fórmula direta & selvagem, deixando para os outros a evolução do gênero em direções mais ecléticas e os álbuns "A Blaze in the Northern Sky", "Under a Funeral Moon" & "Thransilvanian Hunger" são hoje considerados clássico do gênero. Após adotarem a designação Darkthrone em 1987, o vocalista / guitarrista Nocturno Culto, o guitarrista Zephyrous e o baixista Dag Nilsen tocavam o death metal. Com base em Kolbotn, um subúrbio de Oslo, a banda gravou quatro demos anos seguinte e, eventualmente, assina com a Peaceville Records, que lançou o "Soulside Journey", um petardo de death metal obscuro, em 1991. No entanto, a sonoridade explorada pelo quarteto, era muito similar as bandas suecas dominantes da época, e estava em clara oposição com a pequena, mas dedicada, comunidade Underground que começava a consolidar - se ao redor da infame loja de discos Helvete, em Oslo. Foi aí que foram plantadas as sementes para o chamado Inner Circle do black norueguês e que os elementos do Darkthrone caíram sob o irresistível feitiço maligno do extremismo de Euronymous e, repentinamente, viraram as costas ao death metal para sempre. O que seguiu é, como se costuma dizer, história, com a Peaceville Records a ser apanhada totalmente desprevenida pela experiência inexplicável e crua de eternos clássicos como "A Blaze in the Northern Sky" & "Under a Funeral Moon" de 1992 e 1993. Segundo Nocturno Culto sobre seus guitarristas favoritos; "Claro que ouço metal, mas estou preso nos anos 70. O blues não é meu gênero favorito, mas, quando se trata de guitarristas, sou um grande fã do ZZ Top dos anos 70. Mas, mesmo pelo que fez nos últimos vinte anos, o Billy Gibbons está definitivamente entre os meus guitarristas favoritos. Ele é incrível e isso é, provavelmente, algo a que poderia chamar blues rock. Não tenho guitarristas favoritos no metal, porque não ouço tanto assim". Sobre a tecnologia na música; "A tecnologia abriu o caminho para que mais música e mais bandas tivessem alcance. Acho que isso é algo bom, mas o que eu quero do som em qualquer álbum é personalidade. Vamos pegar uma banda grande como o Metallica... Gostava que eles gravassem com o nosso equipamento. O que fariam para se expressar através daquele equipamento? Isso seria algo interessante". Nocturno Culto fala sobre tocar ao vivo; "Há uma grande diferença entre fazer música e criar um álbum e tocar ao vivo, que é algo que nós não fazemos. Ao tocar ao vivo, a pessoa começa a sentir que está a fazer parte de algum tipo de negócio de entretenimento. E eu não sinto falta disso. É lógico que me vejo como um guitarrista, por isso gostei de estar em digressão com o Satyricon. E sei que tenho feito vozes nos álbuns do Darkthrone, mas basicamente sou um guitarrista. Tocar ao vivo e cantar? É muito incômodo. Não gosto de show. Se pudesse apenas tocar guitarra, estaria feliz". Sobre seu grande amigo Fenriz; "Eu e ele estamos juntos no Darkthrone há mais de trinta anos. Se fôssemos fazer grandes digressões e coisas desse tipo, acho que provavelmente nos iríamos nos odiar. Não é difícil perceber isso. Não, nós não vivemos na mesma cidade. Não o vejo há mais ou menos um ano, mas nos mantemos em contato ".
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