Graveland - The Fire of Awakening (2003) É uma experiência absoluta do ápice da sofisticação e pureza do black metal. É um trabalho pagão que remete seus ouvintes a uma fase da Humanidade espetacular e mágica. Começa com hinos que dá a impressão que estamos em um Universo paralelo, a bateria é linda e os instrumentais são gelados. Evocações aos antigos deuses são feitos. Os vocais são velozes e sinistros. Desde seu surgimento, já se esperava que algo assim seria apresentado, mais ou menos naquela linhagem do Twilight of the Gods. A escuridão da Idade Medieval se faz presente e a produção é fria. É um épico sem dúvida e foca muito no conceito da Natureza. O som é primitivo como deve ser ao mencionar os Celtas. A abordagem é ambiente e a voz rouca de Rob Darken é impecável e absoluta e aborda batalhas, a Natureza, crenças pagãs. O satanismo aqui é inexistente e a Mitologia é a protagonista. A solidão reflexiva do épico, de um passado glorioso da Mitologia Nórdica. Evoca florestas cobertas de gelo, cantos que parecem mantras, castelos e guerras épicas. Rob Darker pode sim ser um apontado como um grande direcionador e deu continuidade a um legado mitológico que é uma mescla de misticismo com a soberania absoluta do Black Metal.

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