Runespell : horda australiana lança a demo "Wells of Slidhr". As faixas foram gravadas na sala de ensaios ao vivo no dia 23 de setembro de 2023. A demo foi lançada originalmente em formato cassete em edição limitada para o Never Surrender Festival realizado na Alemanha. Tracklist : 01 - Claws of Vánagandr 02 - Mirrors of the Dead 03 - The Sempiternal Guard 04 - Vígríor Fields Pré - venda : https://runespell.bandcamp.com/album/wells-of-slidhr
Darkthrone - "Artic Thunder" (2016) - Review Após meses e meses desde a última resenha, a maldição retorna trazendo o mau de volta e dessa vez é o Arctic Thunder, lançado no dia 14 de outubro de 2016. Após a saída do Darkthrone do Black Metal, indo para o Punk, muitos fãs estavam cabreiros com o rumo da maligna horda. Em 2013, a banda lançou o The Resistance (2013), que veio com elementos Heavy, Speed, Thrash e aquela pitada básica do tradicional Black Metal. Será que Artic Thunder está de volta as origens que consagraram o Darkthrone. O disco já começa com um riff inicial pesado, no qual a levada lembra bastante um dos melhores riffs do estilo : o riff Kathaarian Life Code, também do Darkthrone. O riff inicial anuncia a chegada de Thundra Leach, mais conhecida como o retorno 100% do Darkthrone ao Black Metal. Reza a lenda que riffs bons são aqueles no qual você consegue assobiar ou cantarolar. Piot Twist : esse você consegue bangear, inclusive. A próxima faixa se chama "Burial Bliss e vem com uma nostalgia grande, pois lembra bastante o álbum The Cult is Alive. A música é rápida, em termos de velocidade, intensa, vocal rasgado. Já vou avisando para você se preparar, pois aos 02 : 58 a música toma outro ritmo e sabemos que você não vai resistir e vai bangear sim e se encerra com um fade out Após o fade out da música anterior, um silêncio de 06 segundos toma conta. E então vem um gélido A, D, A, D, G#, A, A. Assim começa "Boreal Fiends". A música é bem conduzida e tem quebras de ritmos por toda a extensão dela. Destaque para o grito no meio da música, no qual Nocturno Culto grita Boreal Fiends. Outro destaque é para o solo no final da música, um solo simples, mas bem executado. A faixa "Inbred Vermin" começa rápida e com quebras de ritmo, lembrando um pouco a música "Lesser Men" do álbum anterior. O riff e o andamento da música são bem parecidas como se fossem alguns retalhos das músicas do Underground Resistance em uma música só. Claro, não estou dizendo que a música é ruim, mas ela mostra algo que já escutamos, mas não deixa de ser uma música boa para cair no aleatório. E chegamos em uma das faixas que mais trazem a nostalgia da época Black Metal. A faixa - título "Arctic Thunder" é uma das músicas mais agressivas do álbum e possui uma aura do antigo álbum da banda e possui uma aura do antigo álbum do Darkthrone, o brutal Panzerfaust de 1995, The Cult is Alive de 2006 e uma pitada da lendária banda Celtic Frost. A diferença dessa música para a "Inbred Vermin" é que mesmo que "Artic Thunder" carregue elementos de outras discografias da banda, ela ainda têm uma cara nova, algo que você consegue ouvir e dizer que foi criado nesse álbum e não tem uma sombra dos álbuns anteriores. A sexta faixa do álbum se chama "Throw Me Throught the Marshes". Ela começa com uma intro e demora um pouco para o vocal rasgado do Nocturno Culto aparecer. A faixa não é lenta, só não é tão rápida quanto as demais. A música é bem conduzida e sabe quando tem que aumentar o ritmo e quando tem que voltar para a calmaria. Eis que "Deep Lake Trespass" começou a tocar na minha playlist e eu fiquei um pouco decepcionado. A música tem algumas partes legais, como o andamento e alguns riffs, mas não convence e é sem dúvida a mais fraca do álbum. "The Wyoming Distance" vem para fechar o álbum e consegue fazer isso de maneira eficiente. A música tem riffs ótimos que eu duvido que você não mexe o pescoço, ótimo andamento, ótima construção e o final caótico da faixa deixa no ar que o Darkthrone voltou as origens sombrias e para ficar.
Obsidian Shrine : horda americana revela o primeiro single do seu terceiro álbum, intitulado "Dereliction of Divinity", que será lançado de forma independente no dia 02 de fevereiro de 2024, com material em formato físico CD, LP e em plataformas digitais. As gravações, mixagem e masterização da faixa - título foram realizados no Negative Earth Metal Lab, com a ajuda do engenheiro K.R. McCoy. Tracklist : 01 - The Vacant Throne 02 - Licentious Procession 03 - Obsolete Ideology 04 - Evil Has Its Day 05 - Celestial Despondency 06 - Dereliction Of Divinity Pré - venda : https://obsidianshrine.bandcamp.com/ Confira o single da faixa "The Vacant Throne" https://youtu.be/dWtRw5yqOxw?si=wIzuew6mFGqjlr6h
Amen Corner : horda brasileira lança o single de "The War of the Antichrist", faixa do seu novo álbum "Written By The Devil". O material foi gravado e mixado entre abril e novembro de 2023 no Beco Estúdio", em Curitiba no Paraná. Esse álbum marca o sétimo da carreira da banda de black metal e chega para celebrar os 30 anos da banda. Ao todo são 10 faixas, incluindo uma intro, o cover do Bathory para "Destroyer Of Worlds" e a última faixa "Lúcifer, A Suprema Luz Da Manhã", que tem letra de Baal Seth Penitent, da banda gaúcha, Torches Of Nero. A capa foi criada conforme conceito repassado pelo vocalista paulista Marcos Miller, da Náusea Imagem. Foi Marcos quem criou a capa do lançamento anterior da banda. "Written By The Devil" será lançado pela gravadora Metal Army Records. Tracklist : 01 - Intro 02 - The War Of The Antichrist 03 - The Protectors 04 - Fall And Ascension 05 - Signal From Beyond 06 - Inferno 07 - Written By The Devil 08 - Destroyer Of The Whords (Bathory cover) 09 - The Splendor Of Your Presence 10 - Lúcifer, A Suprema Luz Da Manhã Pré - venda : https://www.metalarmy.com/ Confira o single da faixa "The War Of The Antichrist" https://youtu.be/17lvVmZfNDw?si=FZOY9pHWrVOaGerI
Ocultan : a partir do dia 20 de dezembro, às 20:00 hrs o novo álbum da horda brasileira do Ocultan, "Trevas" estará liberado por completo para audição. O álbum será lançado pela Hammer of Damnation. O material físico está previsto para 22 de dezembro, através do site da Black Metal Store. Descrição do material : * Disponível nas versões em CD de caixa acrílica e Boxset limitado em 100 cópias contendo os ítens abaixo : - Boxset - Card autografado por Count Imperium e Lady of Blood - Camiseta vermelha (exclusiva para o box) - Pingente de metal com o sigil do Ocultan - Digipack com layout exclusivo e imagem de Pazuzu de metal - Pôster * Previsão de envio do CD : a partir de 22 de dezembro * Previsão de envio do boxset : a partir de 11 de janeiro de 2024 * CD R$ 35,00 + frete * Boxset R$ 119,99 + frete Acesse : https://blackmetalstore.com/ Estréia : https://youtu.be/i1Z5NnEYdCE?si=s1xM4EipeXjRbjTD
Délétère/ Sarkrista : duas das pontas de lança de duas das principais cenas black metal, Canadá & Alemanha, certamente causará um alvoroço. Fiéis aos seus respectivos estilos, as duas hordas lançam em tiradas blasfemas o maldito Split "Opus Blasphematum" com Délétère desencadeando hostilidades com 03 odes aos caos e à peste, seguidos por 04 hinos ocultos e satânicos de Sarkrista. Ambas as hordas estão no topo de seu jogo nesta gravação, que se beneficia de excelente produção e masterização da Tehom Productions, a fim de tornar a coisa mais uniforme. Tracklist : 01 - Délétère - Seule affamée 02 - Délétère - Verminanda 03 - Délétère - La cour des fanges 04 - Sarkrista - Arrival of the Horned 05 - Sarkrista - Psalms of Impios Malice 06 - Sarkrista - Sermons of Burning Blood 07 - Sarkrista - Unleash the Purging Fires Pré - venda : https://www.sepulchralproductions.com
Mayhem - Grand Declaration of War (2000) O black metal é provavelmente o gênero que possui a maior rejeição dentro do metal. Nem o hard rock ou até mesmo o progressivo possuem tantos detratores. Uns simplesmente não gostam do som, outros das produções de baixa qualidade, há quem critique o Corpse paint, o visual carregado e as letras e temas ocultistas. Mas o estilo também tem seguidores ferrenhos, daqueles que só escutam bandas do gênero e que estão prontos para pular no pescoço de qualquer um que tenha opinião contaria a deles. Esses seguidores ferrenhos também torcem o nariz para qualquer coisa que suas bandas preferidas façam e que não se encaixe totalmente no rótulo do estilo. Se o heavy metal já é um mundo no qual mudanças não são muito bem vindas, é no black metal que o extremismo se encontra com maior facilidade. O simples fato de mencionar o nome Grand Declaration of War pode causar náuseas em um fã purista do extremo metal. A carreira do Mayhem sempre foi cercada de polêmicas e controvérsias. Desde a história do bootleg Dawn of the Hearts que mostra uma foto do ex - vocalista Dead (Per Yngve Ohlin) horas após ter cometido suicídio, até o assassinato do guitarrista Euronymous, cometido pelo então baixista Count Grishnackh, hoje também famoso pelo seu projeto. A trajetória da banda passou por altos e baixos. E chega ao ponto de fãs mais fanáticos nem considerarem o grupo atual como Mayhem e se referirem como fãs somente "True Mayhem" dos anos 80 e início dos 90. Lançado em 2000, Grand Declaration of War é apenas o segundo disco de estúdio de um dos pioneiros do gênero, que apareceu para o mundo em 1984. Facilmente, é o álbum mais odiado da banda. Ele não segue uma linha tradicional dentro do estilo e contêm faixas com influências de rock progressivo, avant - garde e até música eletrônica, alêm de vocais limpos, que são usados em praticamente todas as faixas. O disco começa com a faixa que o dá título e que traz elementos tradicionais do Mayhem, com um riff bem construído e pegajoso que aparece em fade in e a bateria em marcha, uma perfeita introdução. Partes faladas se intercalam com as linhas guturais de Maniac e a letra versa sobre uma declaração de guerra, exatamente como diz o título. O álbum forma um conceito, que trata de um mundo destruído em uma guerra pós - apocalíptica e é dividido em duas partes (na verdade três : a primeira se inicia no EP anterior ao disco, Wolf's Lair Abyss, sendo Grand Declaration of War as partes dois e três). A segunda faixa, "In The Lies Where Upon You Lay" já contêm elementos criticados pela maioria de seus detratores, com Maniac travando um dos muitos monólogos do disco, com voz limpa. É uma das minhas preferidas, com tudo muito bem encaixado em um ritmo cadenciado e bem trabalhado. Vocais guturais aparecem em dueto com vocais limpos, dando um contraste muito interessante. "A Time to Die" é uma faixa curta e rápida, ao melhor estilo do Mayhem antigo e é executada com frequência nos shows da banda. A primeira parte de "View From Nihil", inicia com uma marcha na bateria e um discurso de vingança de Maniac, que segue com um instrumental típico do Mayhem e vocais guturais, para cair na segunda parte, onde o discurso termina, com vocais limpos e guturais, para cair na segunda parte, onde o discurso termina, com vocais limpos e guturais sobrepostos na base do riff principal da música. A primeira parte de "A Bloodsword and a Colder Sun" é somente uma introdução sussurrada, que prepara o ouvinte para a subsequente parte, a mais controversa do álbum. "A Bloodsword and a Colder Sun Parte II" é o ápice do experimentalismo no disco, iniciando com batidas eletrônicas quebradas e sussurros. Logo em seguida aparecem teclados e um riff de fundo, que persiste por toda a faixa. No meio da música os vocais ainda tomam efeitos computadorizados, só para a estranheza ficar um pouco maior. É uma faixa totalmente sombria e complexa para o gênero, uma verdadeira ousadia. Ela abre a terceira parte do grande conceito do álbum que é ainda mais abstrata. O clima continua estranho na próxima faixa, "Crystalized Pain in Deconstruction", apesar do seu início aparentar ser mais ortodoxo dentro do gênero. Maniac continua travando monólogos com vocais limpos e em seguida guturais. No meio da música, vocais computadorizados aparecem de novo. O instrumental é mais tradicional, apesar de conter viradas de baterias e riffs que são um tanto avessos ao black metal. Nessa faixa mais escutam - se bem as guitarras sobrepostas, que são uma constante em todo o disco e contribuem signitivamente para manter o conceito e atmosfera do tema aliado às letras das canções. A faixa mais longa do álbum, "Completion in Science of Agony Part II" se inicia bem cadenciada , com riffs marcantes, e é uma espécie de fusão entre black e doom metal. Vocais cheios de efeito aparecem e dão o tom da música. Também aparecem vocais guturais, mas os destaques são o ritmo quebrado da bateria e os riffs de Blasphemer. Há também as participações de Øyvind Hægeland, do Spiral Architech, nos vocais, e de Tore Ylwizaker, do Ulver, na programação. A faixa se torna bem climática do meio para o final, somente com vocais, batidas e teclado ao fundo e volta com um dos poucos solos encontrados no disco, encerrando com Maniac cantando novamente com guturais. "To Daimonion Part II", é pra mim a melhor faixa do disco. Começa com vocais computadorizados e com um riff sensacional e muito grudento. Maniac inicia cantando com voz limpa uma letra muito bem feita e no refrão faz uso de guturais. A bateria também é destaque da faixa; tanto ela como o riff são o carro chefe da canção, que mostra um Mayhem bem rock 'n' roll. No final tudo muda e ela fica mais dramática, tanto no instrumental quanto no vocal, para voltar denovo ao riff principal e terminar com vocais guturais e limpos sobrepostos. A segunda parte inicia com uma citação e a abstração se mostra ao máximo : o resto é um completo silêncio. A terceira parte inclusive, coisa de deixar John Cage com orgulho. No total, são quase cinco minutos de silêncio total, o que dá um baque no ouvido mas descuidado, mas se encaixa totalmente no conceito da faixa e do álbum em si. O disco termina com uma experimental e curta, que começa em fade in somente com o riff de guitarra. Vocais computadorizados aparecem novamente e a bateria dá as caras com batidas bem frenéticas que vão se acalmando e aos poucos tomando uma cadência para acompanhar a guitarra. Existe ainda uma faixa escondida, encontrada antes da primeira música, a faixa título, que é basicamente essa mesma em uma versão mais crua e menos produzida. Há de se destacar a produção do disco, que não tem nada a ver com o que geralmente se escuta e se espera de bandas do black metal. Tudo é muito claro e nítido, nada de bateria e guitarras abafadas, vocais toscos e mal gravados. Está tudo muito bem encaixado e arranjado, mérito da banda e do produtor Børge Finstad. Grand Declaration of War é um disco único, que dificilmente gera opiniões plantadas no meio do termo. Foi calculado e pensado nos seus mínimos detalhes e merece ser escutado e entendido como uma obra completa e não somente por músicas separadas. Uma tentativa, frustrada para muitos, mas bem - sucedida para mim... de colocar uma nova cara e um ar fresco a um gênero cheio de clichês e lugares comuns.
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