Sarcófago - I.N.R.I (1987) Som crepitante de garagem carregado de eco sob vidro, mas mesmo apesar dessas limitações tão representativo quanto precisa ser. Distorção de sombras de realce estático selvagem. De origens sombrias e primitivas vem essa declaração musical altamente afinada e dirigida, tanto estética quanto musicalmente forjada a partir das polaridades primitivas da angústia, transformada em um simples, mas eficaz Black Metal, maldito, sombrio e funesto. Semelhante em muitos aspectos a Sodoma ou Massacra, está música apresenta riffs flutuantes de alta velocidade dos quais surgem pseudópodes de ritmo dogmático para acabar com sua mensagem desafiadora. Os últimos segundos da faixa - título, "foda - se... foda se, Jesus Cristo" exemplificam o paradoxo deste álbum: punk crú contrastando com a necessidade de ideologia. A guitarra parece aleatória, solos na tradição tardia de Bathory e Burzum, mas entrega o ritmo rápido e trêmulo de riffs e melodias metálicas em ascensão. Por baixo bate uma batida mecanista primitiva e mal programada que pode ser apelidada de Rudimentos da Consciência Rítmica para o Contexto" e deixada para o abismo. Como são esses riffs? Simples envoltórios de notas fluidas correndo em direção a uma nota tonal... algum centro... algum contexto... ou talvez simplesmente desistir. Eles se encaixam em um estreito senso composicional de lucidez nessa entidade, sozinhos, e trabalham juntos pelo poder de seu semblante único. Em seu núcleo músicos inspirados na música punk, Sarcófago mistura com seu hardcore e destrutividade do rock e o programa teatral pró - vida de bandas de black metal criando uma imagem exagerada imbutida no estilo anti - estético de resistência e ódio a todos que o aceitassem, protegendo vírus de natureza espiritual sombria para receber ouvintes humanos. Variações de poucos elementos projetam idéias, algumas profundas, outras descuidadas, outras inspiradas, outras vagas.

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Infernal Thorns: banda chilena de death metal apresenta a arte e primeiro single do álbum "Christus Venari", que será lançado em 12 de setembro de 2025. O material entrega 09 faixas de sangue e terá seu álbum distribuido via Personal Records no formato CD e também digital. A Infernal Thorns foi fundado em 2003 por Andrés Arancibia em Valparaíso, Chile. A banda permaneceu ativa por três anos, ainda que intermitentemente, devido às constantes mudanças de formação. Durante esse período, gravaram dois singles: "Imious Bloodbath" e "The Cross Falls With God". Em 2024, Infernal Thorns entrou no Audiocustom Studio para gravar seu quarto lançamento, o álbum "Christus Venari". Produzido por Seba Puente, "Christus Venari é a mais completa e vil vitrine do enorme poder da Infernal Thorns. Não mais se escondendo, o terceiro álbum completo da banda transmite com ousadia e descaradamente o que vem sendo fermentado há tanto tempo: que a Infernal Thorns é a simbiose quase perfeita entre a melodia do black metal do norte e a ultraviolência do death metal do sul. Em outras palavras, "Christus Venari" soa semelhante à fusão da Necrophobic, em seu auge dos anos 90, com o "Atomic Aggressor" em sua era de retorno; na verdade, Infernal Thorns é tão bom assim, e tem sido assim há anos. Em nove músicas de 39 minutos, o quarteto vomita um estilo de death/black metal com várias vertentes de força sombria e sufocante. Mais uma vez, uma mistura de escolas de metal extremo, onde a crueza encontra um artesanato excepcional em termos de breaks, velocidade, estrutura e ritmo, resultando em um álbum que ressoa com composições cativantes e umpactantes, além de uma execução absolutamente arrasadora. Sem mencionar os solos e leads, que são a personificação do caos controlado... eles vão derreter sua mente! Atenção, porque "Christus Venari" marca a chegada infernal e maldita da Infernal Thorns. Acesse: https://www.personal-records.com/